Rodoviários de Volta Redonda terão 10 por cento de aumento
sexta-feira, 14 de junho de 2013Os rodoviários de Volta Redonda aprovaram, em assembleia realizada na noite de ontem, na sede do sindicato da categoria, no Aterrado, a proposta definida em mesa redonda entre os representantes da categoria e o SindPass, que representa as empresas de ônibus, com a intermediação do Ministério do Trabalho. Oitenta e oito trabalhadores assinaram o livro de presença e aceitaram a proposta, que garante reajuste salarial de 10% sobre os salários vigentes em primeiro de março deste ano, incidindo também sobre outras verbas que compõem a remuneração, como o auxílio-uniforme. A PLR também teve aumento de 10%. Já a cesta básica terá aumento de 25%. O ponto polêmico foi a forma de pagamento da hora de refeição.
O aumento é retroativo a primeiro de março e, no próximo pagamento, a categoria receberá os atrasados.Para os trabalhadores de algumas empresas, que anteciparam 6,76% de reajuste salarial, referentes ao INPC, a partir de maio, esses atrasados vão representar um valor menor do que o que será pago aos funcionários das empresas que não anteciparam esse percentual. O cálculo do Sindicato dos Rodoviários de Volta Redonda é que um motorista que não recebeu a antecipação deve receber mais de R$ 500 de atrasados.
Com o acordo aprovado ontem, e que deve ser assinado nos próximos dias, um motorista que ganhava R$ 1.546 por mês em março passará a ter um salário de R$ 1.700,60 mensais.
Um ponto polêmico na assembleia que aprovou o acordo foi a forma de pagamento das horas de refeição de motoristas e cobradores. Esses profissionais não podem parar durante uma hora para almoçar ou jantar, e as empresas os remuneravam com 7,14% do salário por isso.
Depois de uma decisão judicial que impediu que o pagamento fosse feito dessa forma, as empresas propuseram – e a categoria aceitou, na assembleia de ontem – que o valor correspondente a esse percentual seja pago a título de antecipação de horas extras.
A proposta gerou polêmica, e foi preciso que a diretoria explicasse mais de uma vez a situação antes que ela fosse aprovada.
De acordo com o presidente do sindicato dos rodoviários, José Gama, o Zequinha, a grande dificuldade desta negociação foi a lentidão.
– Demoramos para conseguir fazer as reuniões, mas no ano que vem vamos antecipar tudo. A pauta vai ser encaminhada logo no início do ano, para que o acordo esteja assinado em primeiro de junho – disse.
Em março deste ano, Zequinha já tinha marcado posição sobre o acordo atual. Suas previsões acabaram se concretizando.
– Em greve não se fala, acho que é um suicídio, mas não abrimos mão dos 10% retroativos a primeiro de março – afirmou, acertando o percentual aprovado ontem.
Apesar do acordo, Zequinha afirma que ainda existe muita coisa a ser feita para melhorar o trabalho diário dos motoristas, cobradores, despachantes e outros profissionais do setor. Um dos aspectos é a assistência jurídica a ser dada aos motoristas, em caso de acidente.
– Se o rodoviário precisar de assistência de um advogado em caso de acidente, basta ele telefonar para o sindicato que terá a ajuda de que precisa – disse.
Polêmica
Um grupo de rodoviários de um grupo que faz oposição à atual diretoria do sindicato queixou-se de que teria havido agressão e intimidação verbal a integrantes da categoria. Eles também questionam a contagem dos votos que aprovaram o acordo. Já a diretoria do sindicato afirma que apenas evitou excesso de manifestações durante a assembleia, para evitar que a votação do acordo demorasse demais e acabasse prejudicando os rodoviários .
Fonte: Diário do Vale
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