Volta Redonda passa por ascensão do setor de serviços
segunda-feira, 22 de abril de 2013A história de Volta Redonda e da Companhia Siderúrgica Nacional se confundem, tanto que o município é conhecido como a “Cidade do Aço”. O apelido é resultado do principal produto fabricado pela CSN, que desde a fundação emprega milhares de moradores de Volta Redonda. Contudo, o tempo em que a população dependia da empresa para ter carteira assinada já passou.
O setor que tem mais trabalhos formais hoje no município é o de serviços na cidade de Volta Redonda, com aproximadamente 30.190 postos. Comércio e indústria vêm em seguida com, respectivamente, 17.175 e 15.089 pessoas empregadas. O quarto lugar fica com a construção civil, com 9.645 trabalhadores, e o quinto com a administração pública, com 4.700. Os dados foram levantados pela coordenadoria de Indústria, Comércio e Turismo da prefeitura com base no primeiro bimestre de 2013.
A mudança no mercado de trabalho da cidade começou há 20 anos, em abril de 1993, com a privatização da CSN. Na época, ela era o grande empregador: tinha 25 mil trabalhadores, segundo estimativa do Sindicato dos Metalúrgicos da Região Sul do Estado RJ. Após a privatização, a siderúrgica perdeu aproximadamente nove mil empregados.
Com as demissões em massa, as pessoas procuraram outra coisa para fazer. “Muitos negócios abriram na época, e o setor de administração pública também ofereceu vagas, já que era preciso trabalhar na recuperação da cidade. Ela foi buscando outro perfil: cresceu o comércio e a prestação de serviço. Hoje há equilíbrio entre diversos segmentos”, afirmou Haroldo Fernandes, coordenador de Indústria, Comércio e Turismo.
O setor de serviços, citado por Haroldo, inclui empreendimentos como clínicas médicas, academias de ginástica e salões de beleza, como o que trabalha a cabeleireira Lúcia Marina de Oliveira. Há mais de 20 anos no ramo, ela garante que adora do que faz. “Sempre gostei de mexer com cabelo, cortava o de boneca, de vizinho… Resolvi fazer um curso de cabeleireira, comecei a trabalhar e fiquei na área. Eu gosto, não penso em sair. Só de for para abrir o próprio negócio”.
Além de Marina, outras três pessoas trabalham no salão, que é tradicional em Volta Redonda: está aberto há aproximadamente 30 anos, sendo 20 no ponto onde funciona atualmente, na Vila guia Santa Cecília. Um negócio que está aberto desde o auge dos “empregos de aço”.
Empresas
Além de liderar as vagas de empregos formais, a prestação de serviço – a lado do comércio – lidera também o número de empresas. Somados, os estabelecimentos que trabalham exclusivamente com um desses segmentos representam 75% dos negócios de Volta Redonda.
De acordo com dados do Departamento de Atividades Econômicas e Sociais da Secretaria de Fazenda, o município tinha no fim do ano passado 11.100 empresas. Destas, 38% estão no ramo de serviços, enquanto 37% são exclusivamente comércios. Já as que se restrigem à indústria totalizam cerca de 1%.
Fonte: G1