“Tudo aconteceu naturalmente e faço com muito carinho”, disse dona Geracina Antônio, de 64 anos. A manicure, moradora do bairro Eucaliptal, em guia Volta Redonda, é uma das voluntárias do projeto ‘Família Acolhedora’. O objetivo é cadastrar e capacitar pessoas, para que elas possam receber em casa crianças e adolescentes afastados do convívio familiar como medida protetiva, por terem sido vítimas de abandono, negligência ou algum tipo de violência. O serviço do Governo Federal existe desde fevereiro de 2012, mas atualmente, apenas duas famílias da cidade estão cadastradas.

Dona Geracina se inscreveu no início do projeto. “Descobri o trabalho pela minha sobrinha e prontamente fui fazer minha inscrição. Já recebi uma criança e estou pronta para receber outra”, disse a manicure.

De acordo com a psicóloga Ana Cláudia de Lima Domingues, que faz parte da ‘Família Acolhedora’, os menores tem o acompanhamento de profissionais. “O período de acolhimento é inspecionado por nós. A ideia é que os menores tenham uma convivência familiar. É importante lembrar que não se trata de adoção. Ela [a família] ficará responsável pela criança por tempo determinado, até que possa voltar à sua família de origem”, explicou Ana Cláudia.

Assim que o projeto foi implantado em Volta Redonda, chegou a receber 23 inscrições de famílias interessadas. Para a psicóloga na cidade de Volta Redonda, a expectativa de adoção e a responsabilidade pelo menor, pode ser a razão das desistências. “É um trabalho de comprometimento e quem se dispõe à ele, precisa saber doar sem pedir nada em troca”, resumiu a voluntária Geracina Antônio.

Quem quiser ser voluntário precisa passar por um processo de avaliação realizado por psicólogos e assistentes sociais. “Depois, a família passa por uma capacitação de 18 horas, onde mostramos como é o trabalho e todas as questões envolvidas do projeto”, explicou a psicóloga.

Para mais informações, os interessados devem ligar para os telefones: (24) 3341-4920 ou (24) 3341-4940.

Fonte: G1