Prisões por embriaguez ao volante aumentam 350 por cento em Volta Redonda
terça-feira, 25 de junho de 2013Os dados da 93ª DP (Volta Redonda) apontam que o número de prisões por embriaguez ao volante aumentou em 350% após as alterações na chamada Lei Seca, no fim do ano passado. Em 2012, a média era de duas detenções motivadas pela associação de bebidas alcoólicas com direção. Já este ano, durante o primeiro semestre, o número aumentou para nove na média mensal. No último fim de semana – quando aconteceu a Operação Lei Seca nas proximidades do bairro Jardim Amália -, a delegacia registrou três prisões por embriaguez.
O delegado titular da 93ª DP, Antônio Furtado, afirmou que o aumento no número de detenções pode ser justificado pelas ações em conjunto das polícias com a Guarda Municipal.
– Acredito que vidas estão sendo poupadas após a intensificação das operações. A tendência é que os condutores percebam as mudanças e diminuam a cada dia a ingestão de álcool e a posterior direção veicular. As pessoas não podem esquecer que a pena para essa infração pode chegar a três anos de prisão, além da perda de pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e multas. Ninguém pode ser tolerante com esse tipo de crime, já que as consequências são severas e muitas vezes irreversíveis – argumentou.
O delegado declarou que 40 mil pessoas morrem por ano em acidentes no trânsito, sendo que 60% delas (24 mil) por ocorrências provocadas por condutores alcoolizados. Furtado ainda completou que 360 mil pessoas integram o balanço de pessoas feridas no trânsito.
– Essa realidade precisa se transformar através do direcionamento das operações de combate. Fiscalizando extensivamente, os órgãos de segurança irão aumentar as prisões e a divulgação das punições para os infratores. Desde o início da Operação Lei Seca, um milhão de condutores foram abordados. O aumento não foi somente das detenções, já que alcançou também as apreensões de veículos – frisou.
O aumento do número de provas que podem ser utilizadas para provar a embriaguez, segundo o delegado, é outro fator que colaborou para a intensificação das atividades.
– Antes o condutor não queria realizar o teste e acabava sendo absolvido por falta de provas. Agora contamos com o auxílio de vídeos, fotos, testemunhas e exames clínicos. Podemos analisar diversos fatores, desde a agressividade e ausência de nexo no raciocínio até o hálito com odor elítico. Desta forma conseguimos aumentar a abrangência das formas de alcançar um resultado positivo para a embriaguez. Além disso, ainda temos o artifício do teste do bafômetro, que estipula valor aceitável de 0,3 decigramas – frisou.
Fianças
Quando questionado sobre os valores de fiança estipulados pelos delegados responsáveis, Furtado explicou que a análise é baseada no fato ocorrido, não no que poderia ter acontecido.
– O delegado plantonista é soberano para estipular a fiança. Ele precisa apenas de um critério norteador que é caracterizado pelo poder aquisitivo. É necessário levar em consideração a condição financeira do motorista, já que o valor deve ser suficiente, ao mesmo tempo, para ser sentido no orçamento e para ser pago. A fiança é para liberar o condutor. É por isso que é discriminada de acordo com a renda das pessoas envolvidas – esclareceu.
Fonte: Diário do Vale
Mais notícias sobre Volta Redonda:
- Festival de Artes Plásticas de Volta Redonda começa dia 2 de maio em Volta Redonda
- Prefeitura de Volta Redonda e Light assinam convênio para tarifa social
- Volta Redonda promove aula inaugural do Projovem Adolescente
- Volta Redonda realiza campanha de prevenção ao câncer
- Volta Redonda sedia primeira Exposição Cultural Folclórica no fim de semana