Antigo terreno da CSN que virou condomínio está contaminado em Volta Redonda
segunda-feira, 8 de abril de 2013Mais de 700 moradores de um terreno doado pela Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda, no sul do Estado do Rio de Janeiro, correm risco de contaminação. O alerta foi dado pela Secretaria do Meio Ambiente do Rio, que anunciou que vai multar a CSN. O valor pode chegar a R$ 50 milhões.
Durante 13 anos, a Companhia Siderúrgica Nacional despejou milhares de toneladas de resíduos industriais com alto poder de contaminação em um terreno próximo da empresa. O lixão foi encerrado, mas os problemas continuaram.
O terreno foi doado pela CSN ao Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda para construção de casas populares. Os imóveis chegaram a ser construídos, mas o laudo técnico do Instituto Estadual do Ambiente recomenda a retirada imediata de 750 moradores que vivem no local.
As amostras de solo confirmaram a presença de 20 substâncias tóxicas ou cancerígenas acima dos padrões permitidos. São dez mil metros quadrados de área contaminada.
Foram encontrados metais pesados e outros derivados da queima de carvão e até ascarel, um óleo usado em transformadores que já foi banido do Brasil.
O laudo afirma que as substâncias representam um risco intolerável à saúde humana. “Essas pessoas têm que ser diagnosticadas, cuidadas, a área tem que ser completamente descontaminada”, afirma Carlos Minc.
O laudo técnico informa ainda que a exposição ao risco é maior onde há revolvimento de solo, com a construção de piscinas, garagens, jardins, portas na cidade de Volta Redonda e poços. Segundo moradores, placas de advertência foram instaladas pela CSN há alguns meses por determinação da Justiça.
A insegurança continua. “Nós compramos um sonho e estamos vivendo um pesadelo”, diz um morador.
“Nosso grande medo é que as coisas piorem a nossa saúde”, diz outro morador.
O laudo revela apenas a situação de uma parte do condomínio. A Secretaria Estadual do Meio Ambiente já notificou a CSN para que apresente o mais rapidamente possível um estudo completo que alcance toda a área construída, onde vivem outras 1,5 mil pessoas.
A Secretaria do Meio Ambiente também entrou na Justiça para obrigar a CSN a retirar as famílias do local. A companhia declarou que já realizou amplos estudos a respeito do terreno e que nenhum deles apontou risco iminente à saúde dos moradores. A empresa também afirma que desconhece o laudo divulgado pela secretaria.
Fonte: G1
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